sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sibutramina (parte 2)



Seus efeitos colaterais mais comuns são: boca seca, apetite paradoxalmente elevado, náusea, gosto estranho na boca, estômago irritado, constipação intestinal, problemas para dormir, tontura, dores menstruais, dor de cabeça, sonolência, dor nos músculos e articulações, podendo ainda, em alguns pacientes, elevar a pressão sanguínea (o que gera a necessidade de monitoramento regular da pressão).

Não são esses, entretanto, os efeitos que levaram, em outubro deste ano, a Anvisa a estabelecer novas regras para o emagrecedor, cujas prescrições deverão ser também acompanhadas de um termo de responsabilidade entre o médico e o paciente em três vias (uma para ser arquivada no prontuário, outra na farmácia e outra com o paciente). Tal medida se deve à constatação de efeitos colaterais pouco comuns, porém seríssimos, como: arritmia cardíaca, parestesia, alterações mentais e no humor ou, ainda, ataque apoplético, problema para urinar, dor no peito, hemiplegia, visão anormal, dispneia e edema.


Diante dos fatos é fácil constatar o porquê da burocracia por trás da aquisição e uso da sibutramina. O medicamento só deve ser tomado se a orientação alimentar e a atividade física não forem suficientes para atingir a redução de peso desejada e o paciente deve ter em mente que o uso do mesmo não exclui a necessidade de controle da alimentação  prática regular de exercícios físicos. Apesar da tentadora promessa por trás do uso da sibutramina, o paciente deve, necessariamente junto ao seu médico, avaliar os prós e contras, tendo sempre em mente que um corpo bonito não é nada sem saúde.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sibutramina (parte 1)

A Sibutramina, comercializada como Meridia ou Reductil, é um fármaco administrado oralmente para tratamento da obesidade, cujo uso vem gerando muita polêmica. No Brasil, pode ser encontrada nas dosagens 10 mg (equivalente a 8,37 mg de sibutramina) e 15 mg (equivalente a 12,55 mg de sibutramina), sendo vendida mediante prescrição médica e retenção de receita. Encontra-se sob duas formas: sal anidro e cloridrato monoidratado de sibutramina, sendo que a anidra não possui o número suficiente de estudos clínicos de eficácia e segurança (razão pela qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a sua importação para o Brasil).


O medicamento promete acelerar o metabolismo, diminuir a fome e aumentar a sensação de saciedadede forma a satisfazer o apetite com pouco alimento. Age inibindo a reabsorção dos neurotransmissores: serotonina (em 73%), norepinefrina (em 54%) e dopamina (em 16%), o que ajuda a elevar a saciedade. Assim, o cloridrato de sibutramina conquistou um grande reconhecimento devido a sua eficácia no tratamento da obesidade e hoje é um dos mais conhecidos e procurados medicamentos para a perda de peso no Brasil.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Aparência da língua reflete alterações corporais


Cientistas da Universidade de Tecnologia da Malásia apostaram na ideia de que a análise da aparência da língua pode ajudar a desvendar eventuais problemas no corpo humano e iniciaram um projeto com o intuito de provar que o exame de observação lingual deve ser incorporado ao dia a dia de médicos e dentistas. Assim, com o auxílio de leituras digitais, os estudiosos pretendem desenvolver um chip para processar imagens capturadas na boca e aperfeiçoar o diagnóstico.




Esse tipo de investigação é possível porque as mucosas do nosso organismo são as primeiras a sofrer alterações em situações de carências, deficiências ou abalos da homeostase. Inclusive o estado nutricional se reflete na língua, uma vez que os tecidos da boca dependem de uma série de nutrientes e vitaminas para se renovarem.

A aparência da mucosa, em si, é a primeira a ficar diferente quando algo não vai tão bem. Isso porque nosso corpo mantém um estoque de substâncias importantes, como certos nutrientes. Se essas reservas ficam no limite, logo surgem tonalidades estranhas, por exemplo. Um problema bastante comum é a língua ficar mais avermelhada do que o normal e perder sua aspereza característica, o que acontece mediante a falta de vitaminas docomplexo B e ferro.

Doenças mais graves, por sua vez, fazem mais do que alterar a língua em si, afetando, ainda, o fluxo salivar. A saliva é formada por uma parte líquida e uma sólida. Quando alguém adoece, a tendência é o problema diminuir a produção só da primeira parte. Então, os resíduos sólidos, capazes de entregar a disfunção, formam um revestimento mais aderente e espesso que, conforme a cor — amarelada, branca, com pontos negros, entre outros tons —, irá levantar suspeita do mal que está à espreita.


Disponível em: http://saude.abril.com.br/edicoes/0343/medicina/lingua-diz-muito-646689.shtml