sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cafeína (Parte II)

Em doses elevadas, a cafeína é tóxica para o sistema vestibular. Pode provocar comprometimento dos sistemas de convergência e acomodação, diminuição dos movimentos sacádicos e disfunção vestibular periférica. Pode, ainda,  causar sinais perceptíveis de confusão mental e indução de erros em tarefas intelectuais, ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia e zumbido. A suspensão súbita da ingestão de cafeína pode levar à abstinência, sendo os sintomas mais comuns: fadiga, ansiedade ou depressão, náuseas, vômitos, cefaléia e diminuição da concentração. Vale ressaltar que a ocorrência de ansiedade com a retirada súbita da cafeína ocorre mesmo em indivíduos que consomem doses baixas dessa substância (50 a 150 mg/dia). Dentre os efeitos adversos destacam-se, também, insônia, cefaleia, irritação gastrointestinal, hemorragia e estimulação da diurese.



No que diz respeito às gestantes, frequentemente, ocorre aversão aos produtos cafeinados, particularmente ao café, no primeiro trimestre de gestação, levando à interrupção ou redução do consumo de cafeína ao longo da gravidez. Desde os anos 70, alguns estudos têm sugerido associação entre o consumo materno de cafeína e desfechos fetais, tais como: redução do crescimento fetal, prematuridade, restrição de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, aborto espontâneo e malformações, levando à recomendação para diminuição do consumo de cafeína no período gestacional.

Diante desses fatores, destaca-se a importância de consultar um profissional qualificado antes do consumo efetivo da cafeína. Lembre-se de que as doses e a eficácia variam de indivíduo para indivíduo!

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